quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Expansão , Colonização Mercantilismo

A expansão marítimo-comercial européia dos séculos XV-XVI pode ser entendida como o encaminhamento, para a solução no campo econômico, da crise geral do século XIV. A necessidade vital de novas fontes produtoras de metais preciosos, a carência de trigo e o interesse pelas especiarias asiáticas, são alguns dos elementos levantados pela historiografia para explicar o processo expansionista. Este, assim, assume o caráter de empresa marítima e, principalmente, mercantil, contribuindo decisivamente para tornar possível a chamada “acumulação primitiva de capital” na Europa Ocidental.

Num segundo momento, incentiva-se a atividade mercantil, através da exploração metódica de extensas áreas tropicais (plantation) e das minas de prata e outro (sobretudo no eixo México-Peru), com a utilização de mão-de-obra compulsória. Neste sentido, pode-se entender a colonização como obra do capital mercantil, com a inserção das áreas coloniais no quadro mais amplo do Antigo Regime.

Nesta perspectiva, vale ressaltar que o sistema colonial como um todo é uma das peças do Mercantilismo, enquanto prática econômica de uma época de acumulação de capitais. Esta política garantia a acumulação porque conseguia articular os interesses do Estado com os de uma burguesia  mercantil em expansão, privilegiada com toda uma série de monopólios, concessões e exclusivismos.

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